Home Forum Conselhos de Relacionamento "Olha onde eu cheguei!"

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    rezinha
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    Não sei por onde eu começo a minha história… as vezes eu quero parar no tempo e imaginar que eu estou vivendo um sonho ruim, que eu ainda não acordei e que a qualquer momento eu vou levantar da cama e tudo isso vai acabar.
    Conheci um rapaz num site de relacionamento, a coisa que mais me chamou a atenção nele foi a foto dele com o filho, pensei comigo: “gosto disso, sinal que ele tem um filho, e curte crianças, isso para mim é ótimo!”. Iniciamos então uma conversa pelo site onde em pouco tempo ele me pediu meu telefone, passei o meu celular e ficamos de marcar um encontro para nos conhecer melhor… Já tinha visto no perfil dele que ele havia sido casado e que estava disposto a novo um relacionamento, de preferência para um casamento, pois ele ainda acreditava nos relacionamentos, e não porque o dele tinha acabado que não poderia ser feliz novamente. Com esse pensamento seguimos com as mensagens….
    Até que ele sumiu por 3 semanas, nesse período conheci outros 2 rapazes que não rolaram nada… mas sabe que até já estava esperando isso…
    Do nada ele surgi de novo, voltamos a conversar, ele me pediu novamente o meu telefone, pois no site havia apagado o número e ele não havia anotado na agenda do celular, me pediu desculpas e seguimos até o final de semana. Já sem muitas esperanças de que ele fosse me ligar, dei continuidade as minhas atividades de final de semana, de repente vi que tinha uma ligação perdida e um recado na caixa postal do meu celular. Escutei, era ele, me convidando para sairmos. Marquei no shopping no domingo a tarde, assim a gente conversava um pouco, se fosse legal o encontro, poderíamos marcar outro.
    Lá fui eu me encontrar com o sujeito dos olhos verdes…. muito bonito na foto por sinal, muito mais charmoso pessoalmente, bom papo, mais com um pequeno problema, que depois eu vi que não era tão pequeno assim… ele estava tremendo muito e longo me pediu para irmos a praça de alimentação pois ele queria tomar um “chopinho”, concordei e fiquei meio pensativa, com a fiscalização tão acirrada, ele bebendo, conduzindo um veiculo, bem pensei comigo, um só tudo bem! Antes fosse um só!
    Percebi que ele na hora parou de tremer, liguei uma coisa na outra, ele tem problemas com álcool, só quem tem dependência do mesmo treme daquele jeito. Depois do chopinho, veio 2 longuetes e mas uma latinha… para mim, isso é muito para quem está dirigindo, isso já me deixava muito temerosa… papo gostoso, beijo maravilhoso, conversamos muito e ele me disse que no dia seguinte era aniversário dele e que ele me queria de presente! Dei risada e disse que havia gostado muito dele, mas não dele ter bebido tanto, e que se voltasse a nos ver, e dependendo de como rolasse as coisas…. pois não estava procurando sexo e sim um relacionamento sério, duradouro, com cumplicidade e respeito, ele me disse que ele também queria o mesmo, pois ele se sentia muito soinho depois da separação e que no site ele só tinha conhecido mulheres “pra uma noite” e que ele estava gostando da minha companhia e querendo me ver de novo.
    Muito temerosa, deixei ele me levar ate em casa, pois estava preocupada com a quantidade de álcool que ele consumiu. A gente se despediu e ele seguiu o caminho dele para casa. Ele me ligou depois de meia hora dizendo que havia chegado e que estava num barzinho comendo uma coisinha e tomando uma cervejinha…. Seguimos a semana conversando por telefone, por mensagem, pela internet até que resolvemos sair na sexta, até as 18 estava tudo certo, de repente ele me ligou com uma voz mole, muito mole, e disse que não estava bem, tinha ficado chateado com a ex, pois ela não deixou o filho ir com ele no Hopi Hari, ele tinha comprado os ingressos, já tinha feito planos para ficar com o menino no sábado e ela simplesmente tinha dito não! Ele estava muito chateado, terminou bebendo demais e não queria correr o risco de pegar o carro… eu disse que poderia marcar para outro dia, era só ele ficar bem e não beber mais, ir para casa, descansar e no outro dia ele iria ver o que fazer, mas que não ficasse tão triste como estava, ele chorou no telefone e desligou. Depois de uma hora e meia, ele me liga de novo, muito mais bêbado do que na primeira ligação… dizendo um monte de coisa sem sentido e muito barulho, falamos uns 10 minutos e a ligação caiu. Depois de umas 2 horas e me ligou novamente, dizendo que tinha apanhado, que estava machucado no olho e nas costelas…que ele não sabia como ir embora, pois a mãe dele ia falar um monte para ele.
    No Sábado cedo ele me ligou do bar, dizendo que estava tomando café, uma cerveja e um torresmo, que ele estava com o olho muito roxo e inchado e as costelas doendo muito, disse que não sabia o que ia fazer pois na quarta ele voltaria a trabalhar e com o olho daquele jeito ele não sabia o que fazer, que estava com vergonha de me ver, por causa do olho roxo, eu brinquei falando que cuidava do olho dele e que ele não precisava ficar com vergonha, isso era normal, mais que eu queria saber da história toda direitinho, passou o sábado todo, e no domingo cedo ele me ligou, dizendo que as dores estavam mais fortes que antes, e que agora o ombro também doía, e o olho estava muito roxo e inchado, ele não conseguia se olhar no espelho, pois estava muito feio o hematoma.
    Segunda e terça ele me ligou do bar de novo, e em ambos os dias ele estava muito preocupado, pois na quarta ele voltaria a trabalhar e estava com vergonha do olho roxo… Chegou a quarta, ele não foi trabalhar, porque o olho estava muito inchado e roxo, na quinta que ele resolveu ir no médico para ver o olho, ele não bebeu nem quarta e nem quinta. Na sexta ele foi trabalhar de olho roxo mesmo, na hora do almoço ele desmaiou no meio do refeitório e levaram ele para o hospital, e na enfermaria, ele me mandou um torpedo, pois havíamos marcado para sairmos a noite. Fiquei preocupada e fui para o hospital onde ele estava para vê-lo e saber se ele precisava de alguma ajuda. Conheci o irmão mais velho dele e conversei um pouco com ele a respeito das minhas observações, que eu havia notado que ele era muito dependente do álcool e que eu sentia que ele estava usando o álcool como fuga dos problemas. O irmão dele me contou resumidamente a historia dele e eu fiquei muito impressionada, pois já estava vendo ele com outros olhos, com olhos de piedade, pois era uma pessoa que necessitava de ajuda para diminuir o uso do álcool, passei a noite no hospital com ele e o acompanhei até a metade do caminho, analisando que o nosso segundo encontro havia sido na enfermaria do hospital, que futuro eu podia esperar dessa relação? Ele me ligou na metade do dia de sábado para disser que estava no bar e que já ia para casa pois não podia beber para trabalhar na segunda. Me ligou no domingo cedo, dizendo que tinha discutido com os pais e que ele já estava no bar para tomar uma para esquecer. A semana seguiu e ele foi trabalhar e todos os dias ele me ligava do bar dizendo que estava esperando o horário de pico para ele ir para casa, na quarta ele me falou que queria me ver e na sequencia já marcou para sexta a noite no Eldorado. Passou a quinta e a sexta chegou, no meio do dia ele me ligou perguntando se íamos nos ver mesmo, pois ele iria ficar ate as 7 horas no trabalho e depois iria sair para nos encontrarmos, eu confirmei que sim e na hora e local combinado nos encontramos. Logo que ele chegou eu vi que ele tinha bebido, ele confirmou que bebeu apenas uma latinha, mas que ele queria tomar uma cerveja comigo, seguimos o nosso caminho e tomamos uma cerveja, depois saímos para jantar e durante o jantar ele tomou vinho, depois saímos e ele tomou mais uma cerveja e 2 batidas. Ele parecia que não estava alcoolizado, ele estava bem, conversando direito, terminamos a noite em um motel, achei mais prudente, pela quantidade de álcool que ele bebeu, no motel ele consumiu mais cinco latinhas de cerveja ate adormecer já por volta das 3 da manha. Amanheceu e ele me levou até Osasco. No restante da semana ele me ligou todos os dias do bar, onde ele esperava o horário de pico e sempre falando que queria ver o filho no dia dos pais.
    Nos vimos na sexta e ele foi me buscar já alcoolizado, fez até xixi no carro e tudo, fomos a uma pizzaria e lá ele bebeu mais chopinho com vinho e uma cerveja, ficamos num motel próximo e no dia seguinte ele me disse que estava alugando um apto próximo do serviço dele, pois não aguentava mais os pais na cabeça dele. E seguiu o sábado, por volta das 18 eu liguei para ele, ele me disse que estava longe de casa, a voz estava mole e muito diferente, parecia que havia bebido além da conta, me disse que o pneu do carro furou e ele não tinha conseguido trocar o pneu. Que saiu de perto do carro para encontrar um borracheiro e quando voltou haviam jogado lixo no carro dele. Depois disso só consegui falar com ele no domingo bem tarde da noite.
    Iniciou a outra semana e ele me disse que havia batido no portão da casa dos pais e que o carro tinha ido para a oficina, que ele estava em casa aquele dia e que ele saiu para beber pois não estava aguentando os pais dele na cabeça dele. Na terça ele me ligou no fim do dia dizendo que havia ido trabalhar e que estava no bar esperando o horário de pico, que a ex havia ligado e ele ficou muito triste. Na quarta nos falamos por telefone depois que ele foi na sala do AA, ele ainda estava chateado por causa da ligação da ex e queria me ver, disse que sim, mais que eu iria demorar uma hora e meia mais ou menos para chegar onde ele estava, ele disse que era para deixar para sexta e desligou. Não tive noticias na quinta, só sexta já depois do meu expediente e indo para o templo espírita que eu frequentava, ele me ligou dizendo que estava depressivo e triste, eu perguntei onde ele estava, ele me falou que era perto da casa dos pais dele. Pedi o endereço e fui vê-lo no hotel onde ele estava. Fiquei horrorizada com o estado dele, o taxista que me levou até o local me deu o cartão dele e me disse que podia ligar a qualquer hora, pois ele estava achando que ele estava muito doido para eu ficar lá sozinha com ele. No dia seguinte, ele me pediu para ir com ele na imobiliária, pois ele estava alugando um apto próximo do trabalho dele e ele queria agilizar as coisas. Fomos de taxi, e ele até parecia estar bem, mas já estava tentando falar com o filho desde o início da semana e não estava conseguindo.
    Chegamos na imobiliária e ele começou a dar sinais de que estava alterado, preenchi toda a documentação para ele e quando desci para entregar os documentos, ele simplesmente sumiu, saio andando na avenida sentido o metro Saúde, eu fui atrás dele e eu sabia que ele estava com uma quantia muito grande em dinheiro e no estado em que ele se encontrava, poderia ser assaltado e reagir, temia pelo pior, então ele entrou num bar e pediu as bebidas e tomou e no celular tentando falar com o filho, nisso eu cheguei e vi que ele abrir o local da bolsa onde estava o dinheiro e um funcionário do bar viu o dinheiro na bolsa dele e passou para um cara que estava na porta do bar que ele tinha muito dinheiro e que estava bêbado. Peguei a mochila dele e colocou a frente, e pus a minha nas costas e peguei na mão dele e sai do bar e falei para ele que o cara tinha passado a informação do que ele tinha e como ele estava. Chegamos na estação Saúde e ele resolveu que iria de taxi, nisso ficamos lá esperado até que apareceu um e embarcamos, mais como ele estava na Saúde para ir para a marginal ele não conseguia, só poderia fazer o caminho para Pirituba pela 23 de maio, ai o cara surtou de vez, discutiu com o taxista e o mesmo nos largou no ponto onde ele trabalhava na estação Sta Cruz, desembarcamos e seguimos de metro. Nessa altura eu já estava super nervosa e conduzi ele para dentro da estação já querendo jogar ele na linha do metro!
    Fomos para a casa dos pais dele, e lá ele dormiu ate a noite, nesse dia conheci uma moça que ele andou saindo, ela ficou lá junto comigo tomando conta dele, no começo não gostei mais depois achei que foi melhor, sozinha não iria dar conta do sujeito. No domingo fiquei um pouco com ele e logo fui embora. A semana seguiu e ele foi trabalhar todos os dias normalmente, me ligou todos os dias e na sexta feira ele pegou as chaves do apto. No sábado fomos limpar o apto, a moça do sábado passado foi junto e eu não gostei nada, mas já não estava muito ai para ele, dormimos no apto meio improvisado e ele bebeu duas garrafas de vinho e no meu da bebedeira dele ele me disse que sentia pena da tal da moça e que não sabia como falar para ela que ele não queria nada com ela, e mesmo sem saber o que poderia acontecer entre a gente, ele preferia a mim do que ela…Amanheceu e eu e ela fomos na padaria tomar café e conversar um pouco, percebi que ela estava muito interessada nele e isso não era bom, sabendo que ele sentia dó dela, eu comecei a ficar com dó também, mas logo retirei esse pensamento da mente, pois sei que o pior sentimento que podemos ter por alguém é dó, por que isso significa que não se pode fazer mais nada pela pessoa…. Ele acordou por volta do meio dia e seguimos sentido Pirituba, eu fiu embora para casa e eles seguiram em direção ao pico, pois ela tinha uma festa e ele foi junto com ela.
    A semana seguiu e ele me ligou na segunda falando que iria comprar o fogão, a geladeira, uma máquina de lavar roupas, e uma mesa e cadeiras, e me perguntou se eu poderia dar a minha opinião a respeito da marca, bem como se eu podia receber os móveis na sexta feira véspera de feriado de 07/09, eu dei as minhas opiniões e combinei que iria sim receber os moveis dele na sexta. E nos falamos todos os dias até a quarta feira, antes dele ir para o centro espírita conforme ele avisou a todos que iria fazer. Na quinta eu não falei com ele o dia todo, e a noite arrumei minha mochila e antes de sair de casa, a mãe dele me ligou desesperada, dizendo que ele avisa sumido desde da noite anterior e que o pessoal do serviço tinha ligado para a casa dela querendo saber dele. Fiquei preocupada e liguei para ele, ele não atendeu, liguei para moça e ela estava com ele, no hotel, próximo da casa dos pais dele. Voltei para minha casa, liguei para a mãe dele e falei onde ele estava e com quem estava, a mãe dele quase teve um treco, mas eu acalmei ela dizendo que eu ia receber os móveis e ele havia prometido que iria trabalhar no outro dia e que a gente voltava junto para casa. Sai cedo e fui para o Jabaquara receber os móveis. Já de inicio descobri que nãopodia receber os moveis pois não tinha a autorização de pagamento, e que ele não havia comunicado a ninguém da mudança para o apto. Lá vai eu correr atrás de tudo isso, e detalhe, como ia me apresentar, como mulher, disse que eu era namorada dele, de mentira né! Mas foi assim, que eu consegui resolver as coisas e subir com os moveis para o apto. Logo depois que o pessoal entregou os móveis, fiquei sabendo que ele não foi trabalhar então sem pensar, me desbanquei do Jabaquara para Pirituba, depois de quase duas horas eu cheguei na casa dos pais dele, eu só tinha contato por telefone, e nesse dia eu conheci eles pessoalmente, e logo percebi que o meu amiguinho era o filho problema da família… deixei minhas coisas lá e fui até o local que eu acreditava que ele estivesse e BINGO! Ele estava lá! Ótimo, avisei aos pais e fiquei com ele aquela noite lá no hotel, pela manha fomos para a casa dos pais dele, ele já estava totalmente alcoolizado, cuidamos dele e ele dormiu o dia todo, a noite era a festa de aniversario da sobrinha dele, e os pais foram e eu fiquei tomando conta dele, pois no estado que ele estava, não tinha condições para ele ir. A amiga apareceu assim que os pais saíram e ele pediu para ela ir buscar bebida para ele, e ela não foi mais ele na loucura da bebida, havia misturado álcool de caro com refrigerante e os pais dele já haviam dado um comprimido para ele de calmante daqueles cavalar…Já viu a mistura que deu ,ele convulsionou e eu lá sozinha, fiquei olhando ele, ele teve bem umas 3 convulsões e se mixou todinho! Quando os pais dele chegaram viram ele naquele estado, conseguimos levantar ele e leva-lo para cama, trocamos ele e limpamos a bagunça, mas ninguém sabia onde tinha o álcool que ele bebeu! Até que o pai dele encontrou na lavanderia, um vidro pequeno de álcool para carro, ele bebeu etanol, olha que ponto ele chegou! Fomos dormir e no outro dia ele estava meio tonto sem muita ideia do que tinha acontecido, passei o domingo com eles e vim embora no final do dia…
    Na segunda ele saiu cedo de casa e foi trabalhar, ou melhor, parou no bar 5 e meia da manha e bebeu, bebeu muito ate as 8 e meia, nisso a mãe dele já estava sabendo que ele não havia ido trabalhar e que o pessoal do trabalho dele já falava em internar ele de imediato para que ele não representasse perigo para ele mesmo. Fui pra Pirituba, desesperada, e ao chegar lá já estava tudo certo que ele iria para uma clinica em Juquitiba, e lá ele ficou por 4 meses… me sentia mau em saber que ele estava lá “preso”, e que tudo o que eu tinha feito tinha sido em vão. A minha relação com os pais dele foi se estreitando, e fui me apegando mais ainda a eles. Ele teve alta e trabalhou exatos 3 dias e bebeu no final de semana, além de beber usou cocaína e ficou super mau, fui visita-lo no apto e ele estava deplorável, fiquei lá no final de semana e ele ficou bebendo, mais muito pouco. Deixei ele lá no domingo sozinho e minha surpresa na segunda ele estava as 7 horas já no bar bebendo, e ficou bebendo por exatos 17 dias, ate que foi internado novamente pelo pessoal da empresa na mesma clinica, onde ficou mais 2 meses e meio… retornando ele ficou 5 dias sobreo e no final de semana que ele viu a ex, o filho, a casa e a cachorra; ele subiu na jaqueira e mergulhou de cabeça….bebeu e ficou bêbado mais de uma semana, voltou a trabalhar e levou uma suspensão, hoje ele foi para Jundiai, na casa da ex buscar as coisas dele.
    Temo por ele, acredito que ele não tem condições de sair dessa, quero ajudar, mais não posso fazer nada, a não ser esperar que ele meso queira sair dessa!

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