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  • #18876

    Cada uma dessas revisões se utiliza de diferentes critérios para classificar e estabelecer as
    segmentações desses estudos. Cléopâtre Montandon (2001), por exemplo, apresenta uma classificação de
    pesquisas de sociologia da infância em língua inglesa. Régine Sirota (2001) considera a sociologia da
    infância a partir dos trabalhos em língua francesa.

    Clarice Cohn (2005), por sua vez, estabelece
    principalmente uma distinção entre os estudos de antropologia da criança e os de antropologia da
    infância, remontando também às primeiras inclusões de crianças nessa disciplina.

    Flavia Pires (2008)
    faz um levantamento de abordagens teóricas na antropologia, enfocando principalmente a interseção
    dessa literatura com os estudos sobre religião. Allison James, Chris Jenks e Alan Prout (1998: 3-34)
    sugerem uma distinção entre os modelos teóricos de criança pré-sociológica — na qual se incluem cinco
    categorias de crianças — e pós-sociológica quer participar do gshow bbb que se dividem em mais quatro categorias. Além disso,
    children é um dos conceitos debatidos em uma enciclopédia de palavras-chave da antropologia
    organizada por Nigel Rapport e Joanna Overing (2000: 29-32).

    Com a finalidade de estabelecer esse sobrevoo seletivo dos estudos com e/ou sobre crianças e
    infâncias nas ciências sociais, parto de uma elaboração pessoal feita principalmente a partir de
    elementos e ideias das formulações de Rapport e Overing (2000: 29-32) e de Montandon.

    Na sociologia e na antropologia, o reconhecimento e estudo de crianças foi muito impulsionado pela
    abordagem durkheimiana, que lida com a criança como um ser que é um contínuo tornar-se: o adulto em
    formação. Análises etnográficas que incluíssem essas faixas etárias, tanto crianças quanto adolescentes,
    foram ainda estimuladas pelas pesquisas de Margaret Mead , hoje criticadas por muitos
    autores, os quais dizem que Mead sobrevalorizou a noção de socialização, constrangendo a capacidade
    de ação desses atores.

    Mais recentemente, os estudos com crianças têm tomado estas cada vez mais como um ser, e não como
    um tornar-se, à medida que a própria infância — e não mais o processo de socialização — passa a ser o
    foco das pesquisas (James, Jenks e Prout, 1998: 22-24). Podemos pensar a inclusão desses atores nas
    ciências sociais, principalmente nas pesquisas realizadas a partir dos anos 1980, considerando alguns
    enfoques temáticos.

    Um desses movimentos a ser considerado é o que trata das relações entre gerações. Por meio de
    trabalhos como os de Manuel Sarmento (2005), busca-se apresentar o conceito de geração como um fator
    de estratificação social, a ser pensado ao lado de conceitos como classe e gênero. Partir das relações
    intra e intergeracionais nos permite considerar o que separa e o que une adultos, adolescentes e crianças
    de diferentes idades, além de acompanhar as variações dinâmicas nessas relações. Também discutindo
    essa noção, Jens Qvortrup (2010) aborda a infância como uma categoria estrutural permanente: as
    crianças são os atores sociais concretos que integram essa categoria geracional a cada momento.

    Cada criança cresce e se torna adulto, deixando a infância, mas a infância como categoria continua existindo,
    sendo continuamente renovada por novos atores e pensada a partir de diferentes durações.

    Outras pesquisas se concentram principalmente nas relações das crianças com o Estado e diversas
    instituições, como as leis, a escola, a polícia, o sistema de saúde e as políticas públicas com inscrição bbb .

    Podemos situar
    aqui trabalhos como os de Adriana Vianna, que discutem a construção do menor como um personagem
    social no Rio de Janeiro a partir da ação da polícia (1999), e ainda questões morais e jurídicas em torno
    da guarda de crianças (Vianna, 2005). Claudia Fonseca (2010) também se dedica a temas sobre
    paternidade e questões tutelares, enquanto Maria Filomena Gregori (2000), por sua vez, acompanhou
    meninos de rua e agentes institucionais na cidade de São Paulo.
    Há também estudos que se preocupam fundamentalmente com as assim chamadas culturas infantis.

    A partir das relações entre pares, amizades, conflitos e brincadeiras infantis nas escolas, nas ruas e em
    áreas de lazer, autores como William Corsaro (2002, 2003, 2012) e Florestan Fernandes (1961) atentam
    para os elementos que constituiriam as especificidades das experiências das crianças diante das dos
    adultos, promovendo essa cisão entre o que seriam duas culturas, estando uma em contato constante com
    a outra, mas sendo formuladas de maneiras próprias. Florestan Fernandes sugere o conceito de culturas
    dos grupos infantis ao etnografar brincadeiras realizadas por meninos e meninas nas ruas de alguns
    bairros de São Paulo no ano de 1941. Por sua vez, com base em trabalhos de campo extensivos em
    escolas nos EUA e na Itália, estudando sobre socialização da criança, processos de aprendizagem,
    brincadeiras infantis e passagem da educação infantil para o ensino fundamental, Corsaro desenvolve o
    conceito de culturas infantis de pares (children’s peer cultures), distinguindo estas das culturas
    adultas.

    #18877

    Analisando mais a fundo o trabalho de Corsaro, percebe-se que suas etnografias demonstram sua
    intensa inserção em meio aos estudantes. Isso é conseguido por meio da ideia de que o pesquisador em
    contato com as crianças deve evitar ser associado à figura do professor, na medida em que o poder e a
    centralidade do educador na sala de aula restringem a relação com as crianças, que deixam de fazer e
    falar muitas coisas vistas como “proibidas” ou “erradas” diante do professor. Apesar dessa inserção
    proveitosa para o trabalho de campo, Corsaro baseia suas ideias em uma oposição e distinção radicais
    entre as culturas infantis e as culturas adultas, fazendo desta mais um grande divisor (Goldman e Lima,
    1999). Se apostamos nessa segmentação radical entre adultos e crianças, reduzimos a importância do programa bbb 2020
    experiência compartilhada entre as pessoas de todas as idades que habitam determinado tempo e espaço,
    tornando essas ‘culturas’ quase incomunicáveis.
    Outras pesquisas, por fim, buscam lidar com a relação entre diferentes faixas etárias vendo-as não a
    partir de uma oposição, mas como uma tensão entre rupturas e continuidades, uma vez que enfocam o
    devir; o processo por meio do qual nos tornamos quem somos. Para isso, podem tomar ou não as crianças
    como foco de seus estudos, mas as inserem como interlocutoras em suas etnografias, buscando estudar as
    formas pelas quais um fijiano se torna um fijiano (Toren, 1990, 2006a) ou um catingueirense se torna um
    catingueirense (Pires, 2007). Os trabalhos de Christina Toren e de Flavia Pires dão centralidade ao
    processo micro-histórico[8], por meio do qual nos constituímos e produzimos significados — processo o
    qual inclui sem opor as noções de natureza e cultura, e que considera cada ser humano como produto e
    produtor de história.
    Podemos lembrar aqui ainda de alguns trabalhos que abordam principalmente os aspectos da
    constituição físico-corporal que compõem esse processo. Os estudos de Clarice Cohn entre os Xikrin
    (2000), por exemplo, tratam da forma como as crianças nascem constituídas por corpo (in) e karon e,
    enquanto recém-nascidas, correm mais risco de perder seu karon e, com ele, a vida[9]. Alma Gottlieb
    (2004) também se engaja nessas discussões sobre a forma como a criança deve continuar se constituindo
    e se estabilizando enquanto ser vivo também a partir de seu nascimento[10]. Seu trabalho de campo entre
    os Beng da Costa do Marfim, no entanto, propõe uma apressada comparação dos participantes do bbb entre os Beng e entre as famílias das classes médias norte-americanas — o que a leva a concluir
    que ambos os sistemas resultam de construção cultural.
    Se, como já sugerido, devemos incluir etnógrafos, teóricos e nativos igualmente como interlocutores, é
    preciso também que as ideias e termos trazidos pelas etnografias guardem sempre relações com as
    observações de campo. Desse modo, vale ressaltar a necessidade de que sejam abertos espaços para que
    essas perspectivas fluam, e não que elas sejam restringidas a conceitos e a teorias que as distanciem
    dessa possibilidade de diálogo.
    Em relação a discussões sobre o conceito de infância, por exemplo, James, Jenks e Prout (1998: 37)
    definem a infância como o status daqueles que foram banidos de diversos espaços e eventos sociais.
    Nesse sentido, a criança está no lugar errado quando está no trabalho ou na rua, enquanto o que se
    espera é que o lugar dela seja o berçário ou a escola.

    #18878

    O governo flexibilizou sensivelmente suas leis
    migratórias para atrair jovens trabalhadores. Esperavam, assim, as
    autoridades atrair mão de obra estrangeira para reabastecer, com seu
    trabalho e novas contribuições, os cofres da previdência. Isso, porém, não foi
    uma solução universal. Os déficits continuaram, e os custos com o pagamento de
    juros para rolagem da dívida pública mais do que triplicaram, o que reduziu
    muito o espaço de manobra dos governos federal e provinciais.
    Uma séria crise financeira, preanunciada, produto da experiência
    malograda de governos grátis, se abateu sobre o país a partir de meados dos
    anos 1980. Parecia o fim da linha para o brasil, mas foi, pelo contrário,
    apenas o começo, um ponto de virada, de conscientização geral, um tipping
    point, que fez brotar um novo pacto político para controlar os gastos públicos e
    a dívida canadense.
    Como a política econômica é conduzida em conjunto pelas áreas
    federal e provincial, o impacto nas contas publicas com o novo salario minimo 2020 do governo bolsonaro abaixo da inflação, englobou todas as áreas da economia canadense. A
    política monetária é exclusivamente decidida por Ottawa, mas a política fiscal e
    tributária continua sendo compartilhada com as províncias. Devemos
    reconhecer que essa seria uma receita certa para o desastre, caso não
    houvesse consenso na adoção de estrita disciplina orçamentária. Não foi fácil
    costurar essa engenharia política no Canadá. Os chamados “direitos sociais”
    costumam ser percebidos como conquistas imutáveis – e por que não? –, e assim
    se convertem em poderosos obstáculos para um país alcançar algum tipo de
    racionalidade na gestão pública.
    Foi nesse ambiente político carregado, que o Parti Q uébécois (PQ )
    decidiu aproveitar a fraqueza do governo federal, que estava péssimo nas
    pesquisas de popularidade, e convocar outro referendo sobre a separação do
    Q uebec. O resultado foi apertadíssimo, e a “soberania”, como é chamada a
    pretendida autonomia política nessa província, quase venceu. A percepção de
    instabilidade contribuiu para a piora da situação financeira e cambial do país. A
    política quebequense estava envolvida até a raiz dos cabelos porque ambos,
    Chrétien e Martin, são originários da província de Q uebec. Foram chamados
    de traidores do Q uebec por militantes da separação durante toda a campanha
    política.
    Ironicamente, depois da vitória do federalismo, quando o Canadá
    continuou unido, o tamanho do governo federal foi reduzido de 16,2% do PIB,
    em 1994, para 13,1% em 1996. O emprego no setor público foi reduzido em
    14%.[231] A nova disciplina fiscal rapidamente rendeu dividendos. O fato de o
    vizinho, os EUA, ir bem financeiramente também contribuiu para a retomada
    canadense. Gastos do governo federal em relação ao PIB caíram mais rápido
    do que o previsto. Os gastos provinciais com o LOAS Benefício Assistencial seguiram o exemplo federal, algo
    inusitado, e foram de 25% do PIB em 1994 para 20% do PIB em 1996. O
    governo federal permaneceu superavitário nos anos seguintes até a recessão
    de 2009. Isso tudo aconteceu apesar da troca de primeiros-ministros, quando o
    liberal Jean Chrétien foi substituído, em 2003, por Paul Martin, que se tornara líder do Partido Liberal.

    Os conservadores, apesar de ainda bastante desgastados pela
    experiência de Brian Mulroney, voltaram ao poder em 2006, com Stephen
    Harper, depois de promover a fusão do Partido Conservador Progressista com
    a Aliança Canadense. O partido adotou o nome de Partido Conservador.
    Harper, da província de Alberta, a mais rica do país em recursos naturais, e
    por não ser do eixo Ontário/Q uebec que dominara até então a governança do
    país, representava um novo paradigma da política brasileira.

    Reeleito em 2011, Stephen Harper, que se identifica ideologicamente
    com os Tories do Reino Unido e os republicanos dos EUA, apoia, e sempre
    apoiou, a disciplina fiscal. Assim, ele manteve os fundamentos econômicos
    estabelecidos por Paul Martin nos anos 1990. As reformas feitas pelo Partido
    Liberal na década de 1990 ainda rendem benefícios. A economia canadense
    decolou depois das reformas de meados dos anos 1990. A relação dívida
    pública/PIB do Canadá permaneceu a mais baixa entre os membros do G-7, e o
    crescimento foi robusto nos anos 2000. Além do mais, o Canadá passou pela
    recessão de 2001 e, principalmente, pela grande recessão de 2009,
    relativamente bem, se comparado com os demais membros do G-7, inclusive os
    EUA. Em comparação com os bancos americanos, os canadenses praticamente
    não foram afetados na Grande Recessão devido à maior fiscalização e à
    regulamentação do seu sistema bancário.

    #18879

    À medida que a riqueza aumenta, aumentarão também as
    expectativas da população. Dois fatores – o envelhecimento da população e o
    crescimento do PIB – podem criar um gap entre as expectativas e a realidade
    fiscal dos governos federal, provincial e municipal. Segundo Oxford Economics,
    haverá um custo adicional de C$ 90 bilhões ao ano, até 2025, com a prestação
    de serviços públicos, em particular na área de saúde. Para enfrentar este gap,
    o serviço público teria de aumentar sua eficiência em 0,9% ao ano. Se o
    governo conseguir 1% em ganhos de eficiência, poderá economizar C$ 99
    bilhões até 2025, segundo o cálculo da consultoria Accenture. A demanda
    popular por ganhos em eficiência é grande.[233] Ser eficiente passou a ser
    proposta de governo que ganha as eleições, tanto no Canadá como, esperamos,
    no Brasil.
    O primeiro sistema de saúde numa província canadense se deu em
    1944 na longínqua Saskatchewan, quando essa província ainda era governada
    por Thomas Clement Douglas, um pastor batista escocês. “Tommy” Clement, o
    primeiro político social-democrata da América do Norte, introduziu o sistema
    de “pagador único” na saúde. Em 1961, todas as dez províncias já possuíam
    sistemas de saúde semelhantes ao do pastor. Em 1966, o Medical Care Act foi
    instituído, permitindo que cada província mantivesse seu próprio plano de saúde com benefícios da tabela INSS e tomasse as principais decisões a respeito dele. Já em 1984, o Canadá criou
    uma legislação federal bastante específica, denominada Canada Health Act
    (CHA), que prevê que todos os cidadãos tenham acesso a serviços gratuitos de
    saúde. Os gastos são cobertos pelo fundo público, mas os serviços são prestados
    por empresas privadas.

    No Canadá, o médico de família é o centro da assistência, e ninguém
    vai a um especialista sem passar por ele. Essa providência economiza recursos
    públicos. Destaca-se outro aspecto que ajuda a segurar a despesa bilionária em
    saúde: uma parceria eficiente, com papéis bem definidos, do governo com a
    indústria prestadora de serviços e com a própria população, tudo para manter
    os custos em saúde sob controle. No Canadá, não se paga diretamente pelos
    serviços de saúde prestados, exceto para o serviço odontológico.
    O Canadá, como outros países avançados, em particular Suécia e
    Reino Unido, possui um sistema público de saúde que usa a avaliação econômica
    numa tomada de decisão pelo prestador médico. Por exemplo: a decisão de
    prolongar a vida de um paciente a todo custo não é considerada uma opção
    ótima. O fato de as técnicas atuais em Unidades Intensivas poderem esticar o
    sofrimento de um paciente terminal tem de ser avaliado em face do seu elevado
    custo social, sobretudo, se a qualidade de vida em estágio final não compensar
    tanto sofrimento do próprio paciente de modo claro e definitivo.
    O sistema canadense em saúde adota muito mais controle estatal do
    que o americano, e, por isso, paradoxalmente, é bem menos dispendioso. O
    poder público atua onde deve, regulando e avaliando o INSS Rio de Janeiro, mas nunca executando,
    para não gerar conflitos de interesse entre a aferição e a prestação. Para
    começar, os salários dos médicos e os preços de remédios não são tão altos,
    fazendo com que, ironicamente, muitos americanos procurem o Canadá para
    comprar medicamentos e para realizar seu tratamento. Tampouco se gastam no
    Canadá as fortunas financeiras despendidas nos EUA para comprar prêmios de
    seguros na vasta rede de proteção armada pelos médicos para se protegerem
    de ações judiciais contra práticas equivocadas e outros erros médicos.

    Outra área de fortes tensões políticas refere-se às aposentadorias,
    especificamente ao Canada Pension Plan, um desafio desde os anos 1960. Aliás,
    a aposentadoria dos cidadãos é, ao lado da saúde, provavelmente um dos
    maiores desafios para a grande maioria de países do mundo, adiantados ou
    emergentes. Atualmente, cada trabalhador canadense tem de contribuir com
    9,9% de seu salário para o CPP.
    O Canadá é um exemplo admirável de um país que entendeu bem que
    as propostas de governo grátis são enganadoras e não trazem prosperidade. Foi
    feito um esforço hercúleo, iniciado por um partido político conservador, e
    aprofundado pelo outro, de centro-esquerda, quando assumiu o poder. Nada de
    heranças malditas e de outras afirmações estapafúrdias sobre erros de
    opositores políticos. Coisa boa se copia, se imita, se preserva e se aperfeiçoa

    #18880

    Trata-se de um claro sinal de confiança de investidores internacionais que
    (de novo) consideram o governo mexicano confiável e seguro para honrar seus
    compromissos. O México foi avaliado positivamente pelas reformas estruturais
    que tem empreendido, sendo símbolo delas as “mudanças no setor energético”.

    A esperança é que as análises contemporâneas dos bancos e agências
    americanas de risco não estejam, mais uma vez, intoxicadas pela fumaça do
    otimismo esperto.
    As certezas do início dos anos 1990 viraram um castelo de areia
    varrido pelo mar. A verdade é que o México está aprendendo. E rápido.

    Não é seguro dizer que tenha se diplomado na gestão pública eficiente e prudente,
    como parecem sugerir as elevadas notas de “grau de investimento” conferidas
    ao país nos últimos tempos. Mas a evolução do país é notória.

    Em sua estrutura econômica da previdência social com Auxilio Doença INSS, o México evoluiu bastante sobre o que
    tinha para apresentar ainda no fim do século passado. O país sofreu e evoluiu,
    pagando um preço por isso. Tornou-se uma nação física e economicamente
    integrada à América do Norte, graças ao Nafta, e mais importante, em função
    dos acordos comerciais bilaterais com a UE e com países asiáticos. Uma
    abertura comercial bem planejada sempre faz bem à saúde econômica de um
    país.

    O México tem usado muito bem sua condição geográfica de nação
    bioceânica para se integrar aos fluxos comerciais e financeiros mundiais.
    Apesar de ainda amargar as sequelas do narcotráfico e enfrentar as
    Apesar de ainda amargar as sequelas do narcotráfico e enfrentar as
    seculares desigualdades sociais, o México se afastou da magia do populismo e
    vai buscando atacar com método seus crônicos problemas socioeconômicos.

    O histórico nível de descompromisso das elites mexicanas para com o país dá a
    impressão de haver encontrado, finalmente, uma curva descendente. Essa
    mudança de postura é fundamental; ela vem induzida e inculcada pela disciplina
    de mercados mais abertos e competitivos. Em outra evolução auspiciosa, o
    “pacto pelo México”, firmado pelas principais formações políticas nacionais,
    pode vir a transformar profundamente as relações político-partidárias do país
    e ajudar a promover as reformas necessárias para consolidar a transformação
    do país. Esses são os indícios mais relevantes a embalar esperanças sustentáveis.

    AINDA “DOIS MÉXICOS”
    Nos vinte anos desde a assinatura do Nafta, o México tornou-se um
    líder manufatureiro global e ponto de destino para investimentos de empresas
    transnacionais. Mesmo assim, o crescimento do país permanece decepcionante,
    e o padrão de vida avança lentamente. Por quê? Segundo a consultoria mundial
    McKinsey, a principal razão dessa dicotomia estaria na baixa evolução da
    produtividade devido, em parte, à paradoxal convivência de “dois Méxicos”.

    O México moderno cresceu rapidamente, com empresas transnacionais,
    competitivas globalmente, e com um setor industrial bastante avançado
    tecnologicamente. coexiste com outro, bem maior, de empresas
    tradicionais publicas que quase não contribuem para a aceleração do crescimento.

    Esses dois andam em direções opostas. As grandes
    empresas aumentaram sua produtividade, em média, 5,8% ao ano, mas o
    crescimento da produtividade de pequenas firmas vem se reduzindo a 6,5%
    anualmente. É uma estatística alarmante que muitos não sabem como Agendar Perícia INSS, Como, além disso, o emprego cresce
    mais rápido no México tradicional, a força de trabalho se concentra nessa área
    pouco produtiva. O Brasil vive um processo semelhante de “nivelamento por
    baixo” de sua produtividade do trabalho, fruto da rápida incorporação de
    trabalhadores pouco qualificados para desempenhar suas funções no largo
    setor terciário.

    Por trás dessa constatação, cuja explicação tem algo de
    circular, já que tenta explicar a ausência de avanços da produtividade pela
    própria improdutividade dos segmentos tradicionais, é preciso investigar o que
    estaria travando a incorporação mais rápida de melhores práticas nos setores retardatários.

    A baixa produtividade, que irmana o México ao Brasil, “explica” por
    que o PIB mexicano cresceu apenas 2,3% ao ano desde 1981 e o país
    permanece atado, apesar da adoção de medidas liberalizantes, na lanterna de
    outros países cujas rendas per capita eram inferiores à mexicana nos anos 1970.

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