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30/07/2013 às 16:54 #845AnônimoMembro
DESESPERO
Sinto-me desesperado, não sei com agir ou pensar, sinto-me impotente, não estou a conseguir lidar com esta situação, não sei se alguma vez alguém saberá. Porque traem as pessoas, qual a razão que leva a trair alguém que se diz amar. Este sentimento de revolta,de nojo, de raiva e ao mesmo tempo a sensação de perda total que me mata por dentro, pela segunda vez vezes, estou nesta situação, na dôr profunda de alguém que, como por bruxaria ou vodu, te espeta a mão pelo peito dentro e te espreme e te arranca pedaços de alma e coração, a capacidade de lutar, a capacidade de viver, será esta a minha história? Terá sido para isto que vim à terra? Será esta a minha sina?
É verdade que há razões que só a própria razão conhece, também é verdade que a resistência humana vai para além do nosso entendimento, mas também é verdade que há limites para tudo até para a resistência.
Sinto-me só, vazio, despojado, derrotado, indefeso.Sinto que a traição, seja ela de que maneira for, deveria ser considerada crime, mas não um crime qualquer, crime violento, crime premeditado, consciente, um acto vil de massacre contra a integridade física, moral e humana, um acto de terrorismo elevado ao seu expoente mais intimo da vitima. Homicídio qualificado da alma, com a agravante do falso arrependimento e satisfação própria.
Desejo a morte. Desejo-a tanto que lhe sinto o gosto. Preferia que me tivessem morto a fazerem-me passar por este inferno. Quero chorar, mas já me secaram as lágrimas, que Ódio.
E os filhos, ninguém mais pensa nos sofrimento dos filhos, será que simplesmente decidimos cagar-nos para tudo e todos, será que não passamos de meros animais, cães e cadelas de rua com cio. Não, até esses se portam melhor que nós, um qualquer cão ou cadela que se atravessou no caminho, saltam-lhes em cima e pronto seguem as suas vidas (traição? Sim, mas convenhamos, que efeito produziu? Nenhum, a não ser que se repita e repita especialmente com a mesma pessoa.) Falo sim do amante, da relação extra conjugal, da capacidade de chegar a casa e nos darem um beijo de raspão para poderem guardar tudo para o outro, a capacidade de enganar e a satisfatez de o fazer pensando que, por pior que esteja o relacionamento, nós nunca iremos dar por nada, que não daremos pelos sinais de outro que nos entrou pela casa adentro escondido dentro dos seus corações, convencidos da nossa ignorância, julgando-nos estúpidos e insensíveis, incapazes.
Não sei o que doi mais, se a própria traição ou o julgamento que que fazem de nós (pfff, nem sonhas os cornos que tens…)Pois bem, eu sei que sou corno, duplamente corno, sou casado pela segunda vez e tal como a primeira, também a a segunda o fez, a primeira ate compreendo, eu trai-a primeiro e no final do meu casamento, acabei por me juntar com ela até hoje. Talvez a primeira me tenha traido por vingança e logo com um dos meus melhores amigos, mas precisou de esperar até termos feito as pazes por completo e pedir-me um filho, para depois acabar com tudo, é vil, é grotesco, não me fez mal só a mim, não lhe chegava ter-me mandado dar uma volta, pedido o divorcio, não, has-de me dar um filho para depois to poder tirar. Será isto menos criminoso, que um assaltante que que entra numa padaria para roubar pão para comer?
Então e a segunda? Que razões terá? Eu aprendi a minha lição, não voltei a trair ( não faças aos outros o que não gostas que te façam a ti), sou contra, a violencia, seja ela verbal ou fisica, defendo com unhas e dentes o respeito entre as pessoas, especialmente entre os casais, defendo a igualdade e a paz, pratico o faz o que eu faço e não o faz o que te digo (mas não o eu faço).Não, não sou definitivamente um santo, tenho os meus momentos, também já olhei para outras mulheres, também já senti o desejo de comer um pratinho ou outro e sabe Deus que há pratos que são de porcelana fina, mas não fui capaz, não quis, pensei na minha mulher em vez de mim, não era justo, ela ama-me e até me consegue aturar, não posso, não pude, não fiz. Ai se o arrependimento mata-se, quem sabe se agora não me ajudaria a ultrapassar, ao menos teria algum remorso, algo que me ajuda-se a ultrapassar todo este sofrimento.
Que merda, pareço um piegas, transformei-me nesta merda, ela faz a merda e eu ainda mendigo o seu amor, nojento, sinto nojo de mim próprio, tipico de quem não sabe lidar com isto, tenho a certeza que ainda por cima não e a maneira certa de agir, mas afinal qual é? Alguem me ajuda? Alguém me diz o que fazer? Socorro eu estou a pedir ajuda e ninguém me houve? Onde estão agora as palmadinhas nas costas e os “estou sempre aqui pra ti, amigo” e os “anda beber um copo, distrais-te e vez umas gajas”? Sou confrontado por um amigo de há 30 anos, daqueles que pensamos ser o Tal grande amigo, que me diz pelo telefone em resposta a “amigo, ela traiu-me” “foda-se meu só fazes merda, olha o que tens feito de há 10 anos pra cá, é natural que leves cornos…..” e mais não conto, até porqu junto com o queixo as orelhas também caira ao chão, para não ser mais explicito.
Contas finais, parece que afinal também perdi um amigo, ainda mais sabendo da vontade dele de comer também a minha mulher, de há muito tempo. Tudo está posto em causa, não há como sair, eu quero a minha mulher, seguramente mais do que ela me quer a mim , ela traiu-me e eu é que mudei, pede-me para confiar nela, e tranca-se a 7 chaves, passwords, telemoveis (ai os telemoveis) e eu devo acreditar que tudo passou, não foi nada de especial, já nem fala com ele. Mas todos os dia volta ao local do crime, todos os dia tem que falar com ele, afinal andam na mesma escola, mesma turma e ainda por cima no mesmo grupo de trabalho, foda-se e eu continuo a ser o estúpido.
Digam-me como pode alguém suportar esta situação. O amor perdoa, perdoa mas não esquece, eu peço por um milagre, quero perdoa-la, juro por Deus e pelos meus filhos, eu quero continuar, mesmo lutando contra este tornado de força 5 (de 1 a 5), mas não sei como, lutar contra o quê? O que se passa dentro da cabeça dela? Quem lá está eu ou o outro? Se ela se fecha só pode ser o outro, eu não consigo lutar contra isto, só ela pode tira-lo da cabeça.
Amor, o meu medo de te perder é tanto que me tolda o pensamento, prejudica o meu raciocinio, não me permite pensar na solução melhor, não devo ser eu a procurar a solução que nem sei se queres mas sim tu, tu que me ofendeste, que me agrediste, que me atraiçoaste, estas em falta comigo não eu, eu sei que devo assumir os meus erros e principalmente muda-los, mas não fui eu que procurei outra pessoa tu sim, foi erro meu pensar que o tempo tudo resolve mas tu nem esperas-te. Ao fim destes mais de dez anos ainda te amo de paixão, sabendo que a tua chama já se apagou sabe Deus que tentei que não apagasse, definitivamente fracassei, é assim que me sinto hoje, um fracassado, falhado, mas principalmente triste e só, quero-te e não te tenho, amo-te de paixão e não me correspondes, penso na nossa filha e no meu filho e sinto-me um péssimo exemplo, devo deixar-te seguir a tua vida e perder tudo mais uma vez? Devo dar-te o tempo que precisas e esperar que um dia realmente te arrependas ou não e queiras voltar para mim? Ou devo mandar tudo para o Inferno e pôr um fim ao meu sofrimento?
Não acho justo que me digas que tudo passou e passes mais um ano junto dele, sabendo que as proximidades geram atracção e que mesmo que tenhas parado por agora ainda estarás perto da tentação, é no minimo desesperante ver-te sair arranjada todos os dias por aquela porta para ires para junto dele, desesperante e agoniante. Como pode alguém suportar tal coisa. Por outro lado, não te posso cortar as pernas e impedir-te quetires o curso para teres um futuro melhor, não posso e não quero porque ainda penso em ti e no teu futuro. Mas tu não me dás respostas, as respostas de que eu preciso. Não vou implorar mais pelo teu amor, embora o deseje com todas as minhas já poucas forças, está nas tuas mãos, está nas tuas mãos.Do teu mais fiel
Amo-te
Miguel
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