E eu fico todo bobo, contente e ao mesmo tempo frustrado. É evidente o porquê. Ter sua atenção torna-me o mais contente dos bobos, ouvindo sua voz doce e observando sua espontaneidade. Isso é impagável!

E a frustração vem a partir daí. Tamanha felicidade não é compensada pelos pensamentos negativos que não poderei tê-la exclusivamente. Talvez seja pelo meu passado que me sentencia a esse castigo ou talvez pela insegurança adquirida através dos meus atos errados. É como se fosse o menino certo com as atitudes erradas.

Eu, me julgando o menino certo com a mais absoluta das certezas, vendo toda a felicidade tão próxima a mim, mas tão distante do alcance de minhas mãos. E eu que sempre fui tão certo das minhas decisões e tão confiante quanto aos meus objetivos me vejo perdido numa prepotência, dependente apenas do tempo e da sua presença! O tempo é o senhor da razão e o mestre da verdade. Ele nos traz a verdade à tona e arruma o desarrumado.

Até esse dia chegar, eu continuo tornando seu sorriso a minha droga, sendo ela o mais doce dos vícios e almejando o dia de amanhã, quando lhe direi o que guardo em meu coração e você finalmente, com os olhos brilhando, dirá que acredita! Enquanto isso eu espero…

Autor: Eduardo Julianelli

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