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Marcado: Inscrições encceja
- Este tópico contém 1 resposta, 1 voz e foi atualizado pela última vez 5 anos, 4 meses atrás por fabinho.palhoca@hotmail.com.
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12/08/2019 às 22:19 #18881fabinho.palhoca@hotmail.comParticipante
É a glória acertar na comunicação do seu cliente e deixá-lo plenamente
satisfeito. Este acertar começa na aprovação das peças que você e seu diretor de
arte criaram, aprovação que se dá num momento de raro brilho, o da
apresentação. Não pense, meu caro colega novato, que basta você entregar um
montão de leiautes pro Atendimento levar pro cliente. Nada disso. Apresentação
das boas requer solenidade, estilo, graça, pompa e circunstância, e uns tantos
prolegômenos, principalmente se o que está por ser apresentado for uma
campanha inteira e, mais emocionante ainda, se se tratar de uma apresentação
para concorrência. Rufem os tambores, que a adrenalina vem aí!
Adivinha quem vai fazer a apresentação? Hã? Hã? Você, amore mio.Não me pergunte por que, mas há uma certa tendência a empurrarem a apresentação
das campanhas aos redatores em primeiro lugar, aos diretores de arte em
segundo lugar e, por último, ao Atendimento. Por que essa ordem? Sei lá, deve
ser alguma coisa que os deuses decidiram lá no Olimpo e não contam pra
ninguém.
Seja como for, sua apresentação deve ser marcada pela clareza na
exposição do raciocínio fundamental que os levou a criarem o que se está
apresentando, além de uma boa exposição física das peças (leiautes que devem
estar impecáveis, limpís-simos, brilhando!).Uma dica importante é deixar as
peças o tempo todo à vista do seu cliente. Tem mais uma coisinha, um segredinho
que não é pra você contar pra ninguém, tá bom? Seguinte: pegue o tema
fundamental da campanha que você criou e faça uma peça (cartaz ou banner do
maior tamanho possível) só com este tema. Uma peça bonita, muito bem
acabada, de encher os olhos e assistir o bbb 2020. Deixe-a o tempo todo atrás de você e, portanto,
diante do cliente. Enquanto você expõe seu raciocínio fundamental e as peças
subsequentes de sua campanha, seu cliente irá inevitável e subcons-cientemente
absorvendo o tal conceito, e sua aprovação fica bem mais fácil. Acredite, funciona!Gramática é um pé no saco, né?
Lembra aquelas lições de casa em que você tinha de lidar com voz ativa e
voz passiva, orações subordinadas, predicativo do objeto, regência verbal e mais
uma infinidade de coisas igualmente terríveis e assustadoras?
Pior era ver a garotada brincando lá fora, jogando futebol… e você em
casa, sentadão, conjugando verbos no indicativo, no subjuntivo, na maior
decoreba do mundo, sem entender patavina, até levantar-se indignado de sua
cadeira para tropeçar inevitavelmente num incômodo verbo defectivo deixado
fora de lugar e, mesmo com o dedão do pé dolorido, chutar irritado, porta afora,
um sonoro presente do indicativo, primeira pessoa do singular: “eu adéquo!”Ó horrores gramaticais!
Sinceramente, eu também sempre considerei a gramática um porre, não
aqueles deliciosos porres de caipirinha e cerveja, que soltam a língua da gente
pra gente ter coragem de sair cantando a mulherada. Não, nada disso, my
brother: é porre, porre mesmo!A ressaca, o bode, aquela sensação de angu de
caroço fustigando a alma (que poético) num inenarrável apocalipse interior!
O português é a última flor do Lácio. No Brasil falamos o espinho.
Sempre me esforcei por esquecer de tudo isso. Bem, e lá fui eu, livre, leve e
solto pela vida, nem lembrando de gramática porra nenhuma, até que chegou o
dia do inevitável, em que me vi na obrigação de enfrentar a fera, de puxar o
bichogramático-papão pois muitos ja estão se perguntando quando começa o bbb 2020? (ué, eu não queria ser redator publicitário?).
Chegara finalmente a hora do confronto final!Sabe o que eu descobri? Que o leão não só é manso, mas também é muito
simpático. Que só o temi a vida toda por uma destas inacreditáveis falhas de que
nosso sistema de ensino está atulhado: a exigência do decorar pelo decorar, sem,
como acontece muitas vezes, o cuidado de demonstrar a aplicação prática
daquelas regras todas e o quanto conhecê-las bem poderá trazer de bons
resultados para o estudante (ver Deus é Inocente, capítulo Como Vejo o Ensino de Comunicação).12/08/2019 às 22:26 #18882fabinho.palhoca@hotmail.comParticipanteFísicos teóricos pensam assim, ao procurar conhecer e pesquisar as origens
do universo – seja, no microcosmo, pela física de partículas, seja, no outro
extremo, pela astrofísica –, para, com isso, tentar oferecer benefícios variados
para a humanidade.
Biólogos pensam assim. Desde Darwin e Mendel. Os estudos biológicos
acerca da origem e da evolução das espécies deságuam, no final das contas, em
benefícios objetivos para os humanos, da obtenção de medicamentos à
preservação ambiental.E por que diabo os publicitários não deveriam também pensar assim? Será
que não há utilidade prática no processo de conhecermos a origem primeira de
nossa mais importante estudar as materiais depois das inscrição do Encceja, que é a palavra em língua portuguesa?
Por isso, retomo aqui este assunto de etimologia. Em meu livro Deus É
Inocente dediquei um capítulo à etimologia, onde disse que “De início, convém
informar que etimologia vem de étimo + logos, isto é, o estudo da origem das
palavras. Conhecer etimologia nos ajuda a ler melhor, escrever melhor; enfim,
nos comunicarmos melhor. No mínimo, facilita nosso entendimento quando
somos apenas receptores da mensagem. Mesmo porque, do ponto de vista
etimológico, comunicar significa tornar comum, acessível a todos.Daí, nada
mais evidente que entendermos o espírito da comunicação como a capacidade
de transmitirmos ideias de forma clara, de forma simples”.
O resultado prático da etimologia em redação publicitária é o mesmo, por
exemplo, que um guitarrista de jazz obtém ao exercitar-se pela escala do
instrumento. Rápido, mais rápido, ainda mais rápido e sempre mais perfeito
(ouça um cara chamado Django Reinhardt e conheça sua história pra ver do que
estou falando), até chegar a solos e harmonias inesquecíveis. O que este músico
fez foi desenvolver recursos técnicos próprios para improvisar com toda segurança e, sobretudo, arte.Parece seção da Seleções do Readefs Digest (revista publicada em 19
idiomas e 60 países) e na verdade, é mesmo.
Palavras são para o redator o mesmo que tijolos para o pedreiro. Sem suas
matérias-primas, nem redator o importante é treinar no simulado encceja 2020 algum será capaz
de fazer seja lá o que for. Não tem jeito: sem dominar bastante bem o vernáculo,
necas de pitibiribas! Você nunca vai conseguir obter nem o grau de “honorável redator razoável”.Um redator sem palavras é ridículo!
O guardião-mor do vernáculo é o nosso velho conhecido dicionário. Ele, o
dicionário é, de fato, a fonte óbvia e primeira de matéria-prima para o redator
publicitário. Com sarcasmo, você me dirá: “é, seu bobinho, estou cansado de
saber disso!” Ao que eu lhe pergunto: mas há quanto tempo você não dedica um
tempinho para a leitura do gajo? Sugestão: aproveite aquele momento de ócio
obrigatório ao qual a natureza nos estimula diariamente e vá ler dicionário no
banheiro, ora! Deixe o Domenico de Masi feliz por saber que você tem se
dedicado a algum ócio criativo!Não sabe o que é vernáculo? Vernáculo é… ora, vá ver no dicionário!
Para quem não sabe, há dicionários de todos os tamanhos, formas e
aplicações: de idiomas (até de tupi-guarani e outras línguas indígenas), de
etimologia, de termos técnico-científicos, de sinónimos, de rimas etc. Uma
olhadela nas prateleiras das grandes livrarias ou nos mecanismos de busca da
Internet dão uma ótima ideia da imensa variedade de títulos disponíveis.
Desenvolva o hábito de sempre dar uma olhadinha nos dicionários; se puder,
compre-os todos. Exercite-os, fazendo com que eles virem suas páginas bem debaixo dos seus olhos! -
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